A infecção urinária é uma ocorrência relativamente comum durante a gravidez — 17% a 20% das gestantes vão apresentar o problema de forma sintomática ou assintomática, segundo dados do Ministério da Saúde.
As mudanças hormonais do período da gestação e a baixa no sistema imunológico são algumas das principais causas do problema.
Com o aumento do hormônio progesterona, há um relaxamento da musculatura da uretra, o que encurta o caminho das bactérias até a bexiga e os rins.
A maior concentração de glicose na urina também torna o ambiente mais propenso à proliferação desses microrganismos.
Uma das grandes preocupações com a infecção urinária é o risco para a gestante e o bebê, quando não tratada corretamente.
Os casos mais brandos são as cistites (infecções da bexiga) e os mais graves podem levar ao comprometimento dos rins (pielonefrite), trazendo uma série de complicações de saúde para a mãe e para a criança.
No nosso artigo de hoje listamos 7 riscos da infecção urinária na gravidez, além de dicas sobre como evitar o problema. Boa leitura!
1. Infecção renal
A forma assintomática (sem sintomas) de infecção urinária representa um risco de 20% a 30% maior de as gestantes desenvolverem pielonefrite aguda (infecção renal).
De 2% a 10% das gestantes apresentam concentração elevada de bactérias. O tratamento dessa condição é feito com antibióticos seguros para o uso durante a gestação.
Se necessário, o obstetra pode indicar o uso preventivo de medicamentos para evitar a infecção de repetição até o fim da gravidez. Para não comprometer a formação do feto, esses remédios só devem ser tomados por indicação do médico.
As infecções urinárias assintomáticas ocorrem, geralmente, no primeiro trimestre da gravidez — período mais sensível para o embrião, pois o risco de aborto é mais elevado.
Por isso, para diagnosticar precocemente a bacteriúria assintomática — presença elevada de bactérias na urina — e realizar o tratamento adequado, é importante fazer o acompanhamento pré-natal.
2. Ruptura prematura da bolsa
A infecção urinária pode causar uma ruptura prematura da bolsa, colocando o bebê em risco, pois há perda de líquido amniótico e aceleração do trabalho de parto.
De acordo com levantamento da Maternidade Escola da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 40% dos nascimentos prematuros estão relacionados ao rompimento da bolsa antes do tempo.
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3. Parto prematuroAs toxinas que as bactérias liberam no trato urinário podem provocar contrações no útero, levando ao trabalho de parto prematuro.
Nessa condição, além do tratamento para controlar a infecção, a gestante deve ficar de repouso. Se as contrações são ritmadas e dolorosas, o médico pode indicar o uso de medicamentos para reduzi-las e tentar impedir o parto prematuro.
4. Baixo peso do bebê
Mesmo as ocorrências mais brandas de infecção urinária podem restringir a chegada de nutrientes ao bebê, resultando em baixo peso durante o nascimento.
Um recém-nascido abaixo do peso pode ter complicações, como dificuldade em respirar, hipoglicemia e infecções.
5. Infecção neonatal
Ao passar pelo canal vaginal, o bebê pode ser contaminado com as bactérias da infecção urinária da mãe.
Gestantes com exames positivos para infecção urinária precisam tomar um antibiótico antes do parto. Nesses casos, o bebê é monitorado para detectar se há o risco de febre ou algum sinal de contaminação. Ao avaliar a situação, o médico pode indicar a cesárea.
6. Sepse materna
Nos casos mais graves, em que a infecção urinária não foi corretamente tratada, a mãe pode apresentar sérias complicações no pós-parto, com febre, náuseas, dores de cabeça e infecção generalizada.
Nem sempre é possível evitar a infecção urinária durante a gravidez, porém, confira alguns cuidados que devem ser tomados pela gestante para reduzir os riscos:
fazer corretamente o acompanhamento pré-natal;
realizar os exames de urina de rotina;
beber bastante líquido, de preferência água;
não segurar o xixi, especialmente após as relações sexuais;
fazer a limpeza da região íntima passando o papel higiênico sempre de frente para trás;
tomar, rigorosamente, os antibióticos receitados pelo médico, quando for o caso.
Fale com seu médico se apresentar qualquer sinal de infecção urinária, tais como dor ou ardência ao urinar, odor e coloração forte da urina, urgência em ir ao banheiro com pouco volume de xixi.
Está grávida ou planejando engravidar? Agende uma consulta com um de nossos urologistas para avaliar o trato urinário. Quanto mais cedo o diagnóstico, menores são os riscos da infecção urinária na gravidez.
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Conheça 6 riscos da infecção urinária na gravidez e como tratá-los
Reviewed by Ateliê da Jack
on
abril 17, 2019
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